Curiosidades
Curiosidades
Como já foi citado, a etimologia da palavra Priapulida refere-se a Priapos, o Deus grego da reprodução, devido ao fato desses organismos se parecerem com um pênis. O Deus é filho de Afrodite com Dionísio, e ele era muito feio e tinha um enorme órgão genital, que se mantinha sempre ereto.
2. Essas criaturas estranhas foram registradas por Lineu em seu livro Systema Naturae, no qual ele mencionou a espécie Priapus humanus (literalmente, “pênis humano”). Desde então, os priapúlidos têm sido classificados em vários filos de invertebrados diferentes, mas hoje as evidências morfológicas e moleculares apoiam sua posição entre outros ecdisozoários escalidóforos, talvez relacionados mais diretamente com os quinorrincos.
3. O desenvolvimento direto ocorre apenas em Meiopriapulus fijiensis, no qual as fêmeas encubam seus embriões. Todas as outras espécies desenvolvem-se por meio de uma série de larvas loricadas que, sob alguns aspectos, são semelhantes aos loricíferos.
4. Muitos priapúlidos são conhecidos por viverem em lodos marginalmente anóxicos.
5. Três gêneros (Tubiluchus, Meiopriapulus e Maccabeus) compõem as espécies meiofaunais, que medem de 1,5 a cerca de 5,0 mm, enquanto os quatro gêneros restantes (Acanthopriapulus, Halicryptus, Priapulopsis e Priapulus) são macrofaunais e incluem a maior espécie (Halicryptus higginsi, do Alasca), que chega a medir quase 40 cm.
6. Os priapúlidos grandes são escavadores ativos da infauna em sedimentos marinhos relativamente finos e ocorrem principalmente nos oceanos boreais e temperados frios. Os adultos da espécie Halicryptus spinulosus vivem nos sedimentos anóxicos ricos em sulfeto do mar Báltico e demonstram capacidades notáveis para tolerar e desintoxicar altos níveis de sulfeto em seu corpo. Por outro lado, as espécies meiofaunais pequenas escavam ou vivem no meio intersticial entre as partículas do sedimento e parecem ser mais abundantes nos oceanos tropicais e subtropicais.
7. A incidência desse animal registrada é no norte da Califórnia e Massachussetts, assim como no Mar Báltico e ao largo da Sibéria. Espécies também já foram descritas na Antártica.
8. Esses animais podem ter sido um dos principais grupos de predadores nos mares do Cambriano e quase certamente eram mais abundantes no Paleozoico do que são hoje em dia. A espécie fóssil mais abundante – Ottoia prolifica – é semelhante à espécie vivente Halicryptus spinulosus. Estudos recentes confirmaram que O. prolifica (e O. tricuspida diretamente relacionada), que data do período Cambriano Médio, era carnívoro ativo com sua introverte revestida por fileiras de ganchos, dentes e espinhos para lidar com suas presas.
9. Há espécies de priapúlidos como o diminuto Tubiluchus que vivem em sedimentos coralinos.